terça-feira, 19 de outubro de 2010

O fogão a lenha
Soltava línguas de fogo
A fumaça embrutecia
Paredes e telhas
Minha avó ao meu lado
Contava-me causos
Lá fora a chuva caia
Insistentemente.
Minhas irmãs, primas e primos, eram repelidos
Pelas palavras da vó:
— Todo mundo pra cama, joguem um cobertor na televisão, vamos rezar...
O fogo, agora, resumia-se em brasas.
Enquanto minha imaginação fluía juntamente às águas da enxurrada.

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